Hierarquia e Autoridade - Pequena Mensagem aos Pais
A partir das gerações dos anos 50 e 60 houve uma mudança muito grande nas regras de comportamento e das relações familiares e sociais. E os pais que vieram após esse período perderam um pouco a referência de limites: não queriam ser tão opressivos como seus pais e acabaram liberando demais os filhos, acreditando ser uma boa medida.
E qual seria a boa medida?
Os pais que colocam os interesses e as vontades dos filhos sempre acima dos seus são vítimas desse equívoco histórico: essas mães ou pais acreditam que a dedicação incondicional pode ajudar a produzir um filho perfeito ou melhor. E os papeís se invertem: os filhos tomam o controle da situação e se tornam pequenos tiranos em casa (“ele é o reizinho da casa!” ). Quem passou a mandar foram os filhos e a hierarquia familiar não foi respeitada. Com o tempo, essa situação causa uma frustração aos pais por se verem em segundo plano, constantemente, e ficam insatisfeitos com a função parental, e não conseguem explicar bem porque. É uma mistura de sentimentos, conflitos, amor, carinho e insatisfação.
Hoje já se começou a perceber a necessidade de mudança dessa dinâmica, do equilíbrio da balança não pesar nem muito para um lado nem para o outro, mas acredito que estão ainda acertando as medidas!
Porém, os pais e mães estão mais ausentes, trabalhando muito, e os filhos ficam mais ligados em aparelhos tecnológicos e tendo menos contato com a família. Isso desencadeia um comportamento social sem muitas regras ou referências, com baixa tolerância a frustrações, como se não houvesse um comando ou uma orientação.
Os pais não querem repreender demais seus filhos porque sentem culpa por achar que não passam o tempo “ideal” com eles. Os filhos percebem essa fragilidade ou angústia dos pais e usam ao seu próprio favor, colocando não só a autoridade parental frequentemente em cheque, como também a sua paciência.
O que fazer? Por mais que a culpa bata a solução é ser firme! Com muito carinho e amorosidade! Saber que os limites são essenciais na educação dos filhos e acreditar que são eles – os pais – que devem saber o que é melhor, ainda em educação, podendo assim, sentirem-se mais seguros com o que estão doando a seus filhos, sem nunca esquecer, no entanto, que em cada gesto, palavra ou atitude o afeto deverá estar presente.