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Tripés do amor

Cristina Santos - 19/06/23 - 2 min para ler


Será que só existem apenas três coisas necessárias para a relação ser boa e trazer prazer e bem estar para a vida do casal?


(Foto: Freepik)


Todos nós queremos descobrir quais os segredos que envolvem uma boa relação amorosa. Quais ingredientes precisam fazer parte dessa relação, para que sejamos felizes. Ouvimos ou lemos, com frequência, sobre quais seriam as características fundamentais para esse bom relacionamento acontecer, e se manter. E na maioria das vezes são três coisas: confiança, amor e sexo; ou tolerância, gentileza e bom humor; alegria, cumplicidade e respeito; etc, etc.


Mas será que seriam apenas três coisas necessárias para a relação ser boa e trazer prazer e bem estar para a vida do casal?


Eu duvido muito. Mesmo lendo e vendo pesquisas, e estudos sobre casais, e esse tripé como base para um bom relacionamento quase sempre ser mencionado, eu acredito que seja preciso muito mais do que um tripé. Mas sim vários tripés para construir e manter uma vida a dois, que seja enriquecedora e voltada para a continuidade, uma vez que é uma das fontes de maior felicidade que podemos ter.


Em seu livro “Amar de Olhos Abertos” (Editora Sextante), o psiquiatra e psicoterapeuta argentino Jorge Bucay diz que “uma relação saudável possui três pontos de apoio: o amor, a atração e a confiança. Eles são tão importantes que funcionam como uma mesa sobre a qual repousam os projetos comuns, o tempo compartilhado, a casa, os filhos, a família. Se existir ou não um quarto ponto de sustentação, não fará diferença. Agora, se um dos três sair de cena, não haverá a parceria; talvez o matrimônio, mas não a parceria.”


Já o psicólogo e terapeuta de casais americano John Gottman fala dos pilares para se construir a “casa do relacionamento sólido”. Esses pilares seriam sete: conhecer o mundo do outro; saber gerenciar conflitos; realizar sonhos de vida; cultivar afeição e admiração; estar voltado um para o outro; ter uma perspectiva positiva; criar significados na vida em comum. Esse grupo de sete do Gottman já faz mais sentido para mim. E se acrescentarmos os três do Bucay já serão dez características para se conseguir ter uma boa relação.


E se buscarmos mais inspiração, através do artigo “O que nutre um amor duradouro?” do professor de psicologia na Yeshiva University, em Nova York, Edward Hoffman, PhD, vamos nos deparar com uma pesquisa, que foi aplicada em três países sendo Estados Unidos, Japão e México, a qual revelou os doze aspectos mais importantes para se manter uma relação duradoura, saudável e prazerosa. São eles: companheirismo, intensidade emocional, espontaneidade, nível de atividade, libido, bem-estar subjetivo, idealismo, materialismo, cuidado, intelectualismo, esteticismo, extroversão.


Mesmo somando todos esses aspectos e chegando em 22 características de importância, para contribuir com o bem estar e felicidade do casal, gostaria de acrescentar: bom humor, magia, intimidade, cumplicidade, comunicação gentil e saber ouvir. Pobre tripé.


Diante disso podemos imaginar como precisamos cuidar do nosso relacionamento, dedicar, investir, e isso provavelmente será trabalhoso. Porém, como diz Bucay, “se há uma conta que vale a pena ser paga nessa vida é a da relação amorosa.”


Concordo plenamente com ele.


Confira outras textos (AQUI) Cristina Santos (31) 3286-8566 | (31) 99127-9382 www.cristinasantospsicologa.com


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