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CIÚME – MOCINHO OU BANDIDO?


Dentro da nossa cultura é muito comum aceitar o ciúme como uma característica do relacionamento amoroso, ou como um ingrediente importante, que não pode faltar, pois ele vem carimbado com o certificado de prova de amor!

Em nome do ciúme, os casais vão se alternando entre “tapas e beijos”, sufocos, angústia e desespero, suspeitas e falta de confiança, e com sua permissão, muitos chegam a violência, e até a morte. Será que o ciúme deve ocupar esse pedestal na escala do gostar, que lhe está sendo dado pelos casais?

Confundimos insegurança, baixa auto-estima, falta de amor-próprio, falta de autonomia, ilusão de posse do outro com ciúme-prova-de-amor?

Ciúme é uma forma de fusão emocional, um pertence ao outro, isto é, um se sobrepõe ao outro. De uma maneira muito grave, ciúme mostra nossa intolerância ao espaço e limites de quem nós amamos.

O desejo de posse do casal é frustrado, pois somos essencialmente separados como pessoas, e isso precisa estar consciente em qualquer relacionamento amoroso prazeroso e saudável.

Essa forma de convivência não pode ser tomada como prova de amor, e sim, o retrato de como esse ciúme pode anular o outro e ser fonte, inclusive, de episódios da violência doméstica, quando ele fala alto no turbilhão do medo de perder o outro. E aí um e outro ficam submetidos em nome desse “ciúme de amor”, como se isso fizesse parte da boa escola da arte de amar.

Fica aqui o convite para não nos acomodarmos no padrão, mesmo diante de crenças vigentes, tão próximas, tão familiares, que parecem até verdadeiras e incontestáveis, e sim, fazermos uma revolução, barulhenta ou silenciosa, de confiança, gentileza, amorosidade, respeito, admiração, diálogo aberto, alegria, prazer, e amor!

Fora ciúme!!

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